sábado, 8 de março de 2008
posted by Ana Santos (Nina) at 22:28 | Permalink
O renascer da desejada ambiguidade
Este texto `e especial para mim pois `e escrito de uma pessoa excepcional que trouxe muita alegria na minha vida por conseguir trazer a felicidade merecida a alguém muito especial para mim.
Obrigado P. por seres quem `és.
Não te conheço pessoalmente mas conheço-te interiormente e só podes ser mesmo especial e sabes bem porque.


Obrigado novamente por seres quem és

O renascer da desejada ambiguidade Por P.

De que valia saber onde estava se a sua mente o transportava para o passado que tinha vivido.O lugar era indiferente, o corpo arrastava-se em cada passo, cada pegada no chão marcava o peso que aumentava em si. O seu peso mudava a cada metro de chão desconhecido, para ele a terra era de ninguém, fria e austera pertencia-lhe em cada passo e deixava de a ser quando se afastava.Era uma pessoa com um passado marcado, um presente sucinto e um futuro que estava ao alcance do próximo passo. Dava cada passo consciente que poderia ser o seu ultimo, guarnecido de cuidados, que ofuscava a razão e o querer. O peso era só seu, caminhava sobre o seu próprio peso, condescendente da realidade, olhava para cada passo, cabisbaixo olhava sem fintar o olhar para o terreno onde iria pisar!Na caminhada lenta que cadenciava ao seu ritmo de vida, ouviu um ruído, ténue de principio, crescente em cada passo que dava, ergueu a cabeça, algo que não tinha feito há muito tempo, e num primeiro instante assustou-se com o amplo horizonte que o seguia. ergueu mais um pouco o pescoço calejado de posição e os olhos contemplaram mais além... algo evadiu o seu corpo, a pressa extrema de chegar a lado nenhum, a vontade de aumentar o passo, a pressa de chegar a algures.O peso foi amainando, o passo acelerou e o terreno seguinte foi deixando de ter complexidade. Pisava qualquer terreno, aumentava o passo e em poucas pegadas a distancia era notória em cada uma delas. Tinha deixado de andar e começara a correr. O seu corpo outrora rígido, estava solto de movimentos. A sua alma escura, emanava uma luz e o brilho nos olhos era patente de longe.Tinha descoberto que por todo o controlo que se tem nos passos, existe vida, existe a beleza do desconhecido e a vontade de arriscar pela vontade era agora absorvida! Deixara de ser frio e sentira o calor inebriante do qual não se queria libertar! Estava vivo e gostava da sensação.Queria mais, corria por mais, queria chegar a um sitio para partir para o outro! A alma comandava o exercito de carne que era o seu corpo, e o cansaço era um pormenor ínfimo. A vontade reina...

Etiquetas: